terça-feira, 15 de setembro de 2009

Florbela de Alma da Conceição


Florbela de Alma da Conceiçao, mais conhecida por Florbela Espanca (agora entende-se porquê), filha de pai incógnito, não foi a melhor poetisa portuguesa mas definitivamente a mais tola.
Orfã desde cedo, foi criada por 2 madastras e tinha um amor platónico por seu irmão. Com dois divórcios, três casamentos (no espaço de 15 anos) e sem filhos, quebrou tudo o que era tabu nesses tempos e, além disso, falava abertamente de sexo nos seus poemas (por isso é que disse que era uma tola). Como é lógico, suicida-se aos 36
Uma das minhas escritoras de “cabeceira”, peguem lá um cheirinho do positivismo e alegria de viver desta senhora (já imaginaram se ela e José Régio tivessem filhos??)







Ah! arrancar às carnes laceradas

Seu mísero segredo de consciência!

Ah! poder ser apenas florescência

De astros em puras noites deslumbradas!


Ser nostálgico choupo ao entardecer,

De ramos graves, plácidos, absortos

Na mágica tarefa de viver! ...


Quem nos deu asas para andar de rastos?

Quem nos deu olhos para ver os astros-

Sem nos dar braços para os alcançar?!...